O Palio 2013 chegou num momento de transição com a passagem dos automóveis nacionais para a obrigatoriedade de itens básicos de segurança automotiva impostos pelo governo em 1 de janeiro de 2013.

Pouco antes da mudança, a linha 2013 do Palio antecipou a alteração, que tornou o carro mais seguro e reduziu a lista de opcionais. Em disputa eterna com o Volkswagen Gol, o Palio teve que se modernizar.

Além disso, ele ainda enfrentava o recém-chegado Chevrolet Onix, assim como o Ford Fiesta Rocam e o Renault Sandero.

Fabricado em Betim, o Palio 2013 conviveu com a geração anterior, mas manteve sua essência para combater os rivais com três opções de motor, três versões, duas transmissões e uma geração de diferença.

Tendo adotado a segunda geração em 2011, o Fiat Palio ficou mais moderno e estilo, largando uma década e meia de projeto da I.De.A para trás, sendo assim mais fluido e jovial.

No Palio 2013, a novidade principal foi a introdução de fábrica dos airbag  do motorista, airbag do passageiro, freios com ABS e EDB e cintos de segurança dianteiros com pré-tensionadores.

Os dispositivos fizeram parte das versões Attractive, Essence e Sporting, tendo ainda as versões Dualogic para as duas últimas, que eram equipadas com motor 1.6 16V, enquanto as duas primeiras tinham motores 1.0 e 1.4, ambos com 8V.

O Palio 2013 também a Série Especial Interlagos, que trazia decoração específica, contando com a aplicação de uma nova costura amarela no tecido dos bancos e no volante em couro.

Baseado na versão Sporting, o Palio Interlagos tinha todos os itens dessa opção, mais teto solar elétrico, rádio Connect com CD, Bluetooth, USB, comandos de rádio no volante e retrovisores externos e vidros traseiros elétricos.

Equipado com motores Fire e E.torQ, o Palio 2013 tinha ainda transmissão manual ou automatizada Dualogic, que ampliava o conforto ao dirigir, o compacto tinha acabamento melhorado em relação ao anterior.

O motor Fire 1.0 8V tinha 73 cavalos na gasolina e 75 cavalos no etanol, enquanto tinha 9,5 kgfm no primeiro e 9,9 kgfm no segundo. Já o 1.4 8V da família Fire tinha 85 cavalos na gasolina e 86 cavalos no etanol.

Seu torque era de 12,4 kgfm no derivado de petróleo e 12,5 kgfm no combustível vegetal, enquanto o E.torQ 1.6 16V tinha 115 cavalos no primeiro e 117 cavalos no segundo, respectivamente com 16,2 kgfm e 16,8 kgfm.

O câmbio Dualogic tinha modo manual com trocas na alavanca ou no volante através dos paddle shifts, bem como modo Sport, tendo ainda função Creeping e de dupla redução para retomada.

Com 3,875 m de comprimento, 1,670 m de largura, 1,505 m de altura e 2,420 m de entre eixos, o Palio 2013 tinha 290 litros e era leve, pesando entre 999 kg e 1.097 kg.

Tendo nascido em uma plataforma própria, não compartilhada diretamente com nenhum outro carro, mas usando componentes de vários deles, o Palio 2013 tinha pouco eficiência energética.

Fazendo em média 10,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada com gasolina, mas com etanol, fazia de 7 km/l na cidade e 9 km/l na estrada.

Era bem simples na versão Attractive e estiloso na Sporting, que chegava a ter rodas aro 16 polegadas com visual bem esportivo, assim como faróis e lanternas com máscara negra.

Detalhes escurecidos e faixas decorativas chamavam atenção, assim como o suntuoso teto solar panorâmico e escape duplo cromado.

O Palio 2013 na versão Sporting tinha ainda interior cinza com detalhes em vermelho, que iam do volante ao encosto parcial dos bancos, passando pelo painel, console e portas.

Até o cluster era personalizado, assim como os assentos e também o sistema de som.

A versão Essence era a mais equilibrada visualmente, contando com rodas aro 15 polegadas e interior com detalhes em tons brilhantes, que deixavam o ambiente mais sóbrio.

Direção hidráulica, ar condicionado, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores elétricos, som com CD/Bluetooth/USB, computador de bordo, apoio de braço para motorista, entre outros, podiam fazer parte do pacote.

O Fiat Palio ainda é um player forte no mercado de carros usados, com a linha 2023 sendo uma boa opção para quem quer um carro barato e confiável, apesar dos detalhes.

O Palio 2013 tinha faróis duplos amendoados e friso cromado na parte frontal, com o para-choque tendo grade ampla e faróis de neblina circulares.

Com rodas de liga leve aros 15 ou 16 polegadas, tinha ainda retrovisores na cor do carro, assim como as maçanetas.

Atrás, as lanternas eram amendoadas e o para-choque abrigava a placa, com escape duplo cromado na Sporting, assim como pelos detalhes em preto.

O interior tinha painel com cluster analógico e sistema de áudio com CD player e MP3, assim como USB e auxiliar.

Os bancos em tecido tinham cintos de segurança de 3 pontos nas laterais, havia ainda basculamento do banco traseiro, assim como vidros elétricos nas portas, travamento central elétrico por chave canivete e retrovisores elétricos.

Com espaço interno curto, ainda que superior ao do antigo Palio, o novo hatch compacto tinha ainda bagageiro com 290 litros, cujo acesso podia ser franqueado com a abertura interna por alavanca e destravamento por chave canivete com telecomando.

Tendo volante com comandos de mídia e telefonia, o Palio 2013 tinha ainda portas com acabamento em tecido e apoios de cabeça para quatro pessoas, bem como apoio de braço retrátil para o motorista.

Fiat Palio Attractive 1.0 – motor 1.0 e câmbio manual, para-choques na cor do carro, retrovisores e maçanetas na cor do carro, vidros elétricos dianteiros, travamento central elétrico, retrovisores com controle interno e vidros traseiros manuais.

Rodas de aço aro 14 polegadas com calotas, pneus 175/65 R14, freios com ABS e EDB, airbag duplo, cintos de segurança dianteiros com pré-dianteiros, direção hidráulica, coluna de direção ajustável em altura e ar condicionado.

Bancos em tecido, banco do motorista com ajuste de altura, preparação para som com fiação e antena, fonte 12V, travas de segurança nas portas traseiras, bagageiro com iluminação, vidros verdes, lavador e limpador do vidro traseiro e desembaçador traseiro.

Para-brisa degradê, computador de bordo, retrovisor interno dia e noite, para-sois com espelho e porta-documento, iluminação interna, alças no teto, cobertura do porta-malas, abertura interna do bocal de combustível e abertura da tampa do bagageiro.

Cintos de segurança traseiros laterais de três pontos, banco traseiro rebatível, apoios de cabeça (2), entre outros.

Opcionais: rádio com CD player, Bluetooth, USB e alarme.

Fiat Palio Attractive 1.4 – Itens acima, mais motor 1.4 litro.

Opcionais: rádio com CD player, Bluetooth, USB e alarme.

Fiat Palio Essence 1.6 16V – Itens acima, mais motor 1.6, rodas de liga leve aro 15 polegadas, pneus 185/60 R15, faróis de neblina, retrovisores elétricos, vidros elétricos nas portas traseiras, rádio com CD player, Bluetooth e USB e auxiliar.

Bancos em tecido com padronagem diferenciada, apoio de braço retrátil para o motorista, luzes de leitura, banco traseiro bipartido, entre outros.

Fiat Palio Essence Dualogic 1.6 16V – Itens acima, mais câmbio automatizado de cinco marchas com modo Sport e paddle shifts.

Fiat Palio Sporting 1.6 16V – Itens do Essence, mais rodas de liga leve aro 16 polegadas, pneus 195/55 R16, faróis com máscara negra, lanternas escurecidas, defletor de ar no teto em cor preta, escape duplo cromado e faixas decorativas.

Detalhes internos em vermelho, volante esportivo, bancos em dois tons, guarnição em cinza e pedais esportivos.

Opcionais: teto solar elétrico e bancos em couro.

Fiat Palio Sporting Dualogic 1.6 16V – Itens acima, mais câmbio automatizado de cinco marchas com modo Sport e paddle shifts.

Opcionais: teto solar elétrico e bancos em couro.

O Fiat Palio 2013 teve dois motores, sendo eles Fire e E.torQ, sendo o primeiro de origem Fiat, desenvolvido nos anos 80, mais precisamente em 1985.

O chamado Fully Integrated Robotized Engine, que surgiu como uma longa família de propulsores para carros pequenos, com 0.8, 0.9, 1.0, 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4 litro.

Feito até hoje, o Fire foi de um propulsor minúsculo a bordo do Fiat Panda até o Abarth 695 Tributo Ferrari, com o 1.4 T-Jet de quase 200 cavalos.

Aqui, o Fire chegou em 1999 para substituir o Fiasa, tendo versões 1.0 8V, 1.0 16V, 1.25 16V, 1.3 8V, 1.4 8V e 1.4 16V, inclusive a famosa 1.4 T-Jet.

Com bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, com duas válvulas por cilindro, o comando acionado por correia dentada e injeção eletrônica multiponto, além de distribuidor duplo.

Tendo 999 cm³, o Fire 1.0 tinha 73 cavalos na gasolina e 75 cavalos no etanol, ambos a 6.250 rpm, enquanto o torque era de 9,5 kgfm no primeiro e 9,9 kgfm no segundo, ambos 3.850 rpm.

O câmbio era manual de cinco marchas nessa versão, sendo a mesma caixa no caso do motor 1.4 8V, que tinha as mesmas características do 1.0 8V.

Com 1.368 cm³, o Fire tinha 85 cavalos no derivado de petróleo e 86 cavalos no combustível vegetal, a 5.750 rpm.

O torque era de 12,4 kgfm no primeiro e 12,5 kgfm no segundo, ambos a 3.500 rpm.

Já o E.torQ era um motor da Tritec, uma joint-venture entre Chrysler e BMW, que forneceu motores para as duas empresas em carros como PT Cruiser e MINI Cooper.

Com fábrica em Campo Largo-PR, a Tritec faria motores 1.4, 1.6 e 1.6 Supercharger, mas após a compra da empresa pela Fiat no final dos anos 2000, o 1.4 litro saiu de linha.

O 1.6 litro foi retrabalhado e virou E.torQ, gerando inclusive uma variante 1.8 litro, tendo ambos bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio com galeria do comando único de válvulas.

Acionado por corrente, o comando ativava as válvulas através de balancins, sendo quatro válvulas por cilindro.

Com injeção eletrônica multiponto, o E.torQ 1.6 16V tinha 1.598 cm³ e entregava 115 cavalos na gasolina e 117 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm.

O torque era de 16,2 kgfm no derivado de petróleo e 16,8 kgfm no combustível vegetal, ambos a 4.500 rpm.

O câmbio era manual de cinco marchas ou automatizado Dualogic com modo Sport, assim como manual na alavanca e nos paddle shifts no volante.

Com acionamento eletro-mecânico, o sistema acionava marchas e a embreagem automaticamente, usando assim uma caixa de mudanças mecânica, mas com gerenciamento eletrônico.

Fiat Palio 1.0 – 15 segundos e 157 km/h Fiat Palio 1.4 – 12,2 segundos e 173 km/h Fiat Palio 1.6 16V – 9,8 segundos e 192 km/h Fiat Palio Dualogic 1.6 16V – 9,8 segundos e 193 km/h

Fiat Palio 1.0 – 7,3/9,4 km/l e 10,8/13,6 km/l Fiat Palio 1.4 – 7,4/9,3 km/l e 10,8/13,5 km/l Fiat Palio 1.6 16V – 6,8/9,2 km/l e 10,4/13,2 km/l Fiat Palio Dualogic 1.6 16V – 6,9/8,9 km/l e 10,5/13,0 km/l

A Fiat Palio 2013 tem plano de revisão a cada 10.000 km ou 12 meses, o que vier primeiro, tendo ainda o serviço com verificação de itens de suspensão, direção, freios, motor e câmbio, parte elétrica e itens de segurança.

Com troca de óleo do motor, filtro de óleo, vela, filtro de ar, filtro de combustível, fluido de freio, correia em V, correia dentada, palhetas do limpador e líquido de arrefecimento.

Também são trocados itens de desgaste natural, como pastilhas de freio, discos de freio, lonas de freio, pivôs de direção, buchas de balanças, coxins de motor e câmbio, buchas da barras estabilizadora, rolamentos, batentes das torres, molas e amortecedores, entre outros.

A rede da Fiat tem vários serviços, como funilaria e pintura, alinhamento, balanceamento, recall, lavagem, limpeza oxi-sanitária, instalação de acessórios, entre outros.

Com mais de 600 concessionárias, a rede Fiat tem profissionais especializados e uma oficina que pode realizar praticamente todos os serviços.

Técnico mecânico, formado há 26 anos. Há 15 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz nossos testes e avaliações.

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