Atrasos no prazo e variações constantes no orçamento já são previsíveis para quem faz obras no Brasil. Mas não deveriam ser! Uma solução para otimizar as construções brasileiras é investir em sistemas industrializados, que resultam em economia, agilidade e eficiência.
O modelo utilizado tradicionalmente no Brasil é ineficiente, avalia o arquiteto Felipe Savassi, o que resulta em baixa produtividade e alta perda de materiais.
Os sistemas construtivos industrializados propõem métodos para padronização, racionalização de materiais e otimização da mão de obra. Elementos estruturais básicos da construção são pré-fabricados ou pré-moldados e, no canteiro de obras, é feita a montagem de estruturas como paredes, lages e coberturas.
A construção a seco e o uso de sistemas modulares são alguns desses métodos, que serão detalhados mais abaixo neste texto.
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O arquiteto afirma que esse modelo – que começa a ganhar visibilidade no País – entrega um desempenho superior ao da alvenaria tradicional, além de reduzir os transtornos durante a obra e os impactos ambientais.
“A média de desperdício em obras no Brasil é de 30% dos materiais. Além disso, de 65% a 70% dos lixos urbanos são provenientes da construção civil. Isso é um absurdo! Por isso que proponho trabalhar com sistemas industrializados, feitos em ambientes controlados, sendo até 5 vezes mais rápido que o modelo convencional e ainda há previsibilidade orçamentária”, explica Savassi.
Logo, a industrialização do processo ainda pode ser considerada uma alternativa sustentável, já que demanda menos matéria-prima e descarta menos resíduos.
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“A previsibilidade orçamentária também chega a ser revolucionária. Com o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) nas alturas, sofremos frequentemente com o aumento no valor dos insumos”, defende.
“Se comparar uma casa que vai demorar 1 ano e meio para ser construída no modelo tradicional e comparar com a mesma casa que entregamos em 4 meses através dos sistemas industrializados, a primeira será de 20% a 30% mais cara só por causa do INCC”, exemplifica Savassi.
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Além de todas as vantagens já pontuadas, existe ainda o reflexo na qualidade de vida.
“O que temos de mais precioso é o tempo. Quanto vale o seu tempo? Para você, vale perder tempo com atrasos, lidando com o desperdício e a agressão ao meio ambiente, e cobrando mão-de-obra? Todo esse tempo poderia estar sendo investido em outras áreas da sua vida”, completa Felipe Savassi.
Consiste no uso de módulos pré-fabricados que se encaixam, podendo formar de estruturas pequenas, como banheiros, a de construções de grande porte, como prédios.
Esses sistemas são fabricados off-site, ou seja, fora do canteiro de obras, em ambientes controlados através de processos industriais. Posteriormente são levados para o local da construção.
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Se refere a sistemas que não utilizam água na sua composição estrutural, dispensando argamassa e cimento. Por exemplo, drywall, steelframe e woodframe.
Estrutura de aço galvanizado e chapas de gesso utilizadas para produzir paredes internas e forros. O desempenho termoacústico é melhorado quando feita em sistema sanduíche, com lãs minerais entre duas chapas.
Consiste no uso de pelas fabricadas em perfis de aço galvanizado para a formação da estrutura da construção. O fechamento pode ser feito com o uso de placas e painéis em diferentes materiais, como madeira, cimento, drywall e outras.
Alternativa para as tradicionais fachadas de alvenaria, os painéis são pré-fabricados em concreto armado. No canteiro de obras, as peças precisam ser içadas e fixadas à estrutura por meio de inserts metálicos.
Confeccionados geralmente em aço, alumínio ou chapas de polímero, são empregadas especialmente a ambientes que exigem controle térmico. As instalação é semelhante a dos painéis arquitetônicos.
Qto sairia o m2 residencial térreo?
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É arquiteta e mineirinha. Formada em arquitetura e urbanismo, uniu a paixão por dar vida ao sonho das pessoas à atuação como empresária quando em 2009 fundou a Innovare Esquadrias. Seu trabalho está presente em obras conhecidas do Espírito Santo como o Sesc em Domingos Martins, o Hospital Metropolitano, a Escola Americana de Vitória e o Hotel Ibis, além de casas de alto padrão espalhadas pelo Brasil, e em mostras de referência na arquitetura e decoração, como a CASACOR/ES. A coluna Momento Décor é atualizada às segundas, quartas e sextas-feiras. Tem sugestões de temas que gostaria de ver aqui na coluna? Envie um e-mail para [email protected]
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória