A missão oficial de Minas Gerais no Reino Unido para participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), em Glasgow, continua gerando resultados práticos voltados à atração de novos investimentos para o Estado. Agora foi a vez da Anglo American anunciar investimentos de R$ 4,4 bilhões até 2025 na continuidade operacional do sistema Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço.
Incluindo melhorias tecnológicas, obras civis e trabalhos preparatórios para futuras expansões, os aportes se somam aos quase R$ 50 bilhões já investidos no projeto desde sua concepção, em 2008, e indicam um desembolso anual de cerca de R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos.
A conta é do diretor de Assuntos Corporativos da mineradora, Ivan Simões, que destaca a série de iniciativas visando à sustentabilidade do negócio, stakeholders e comunidade. “Os recursos visam desde a otimização do processamento da planta, passando pela redução da quantidade de rejeitos dispostos na barragem até a execução de projetos sociais junto à comunidade do entorno“, diz.
Ainda segundo Simões, em termos de capacidade produtiva, este investimento vai permitir com que a empresa atinja a capacidade nominal da planta de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. E também a manutenção dos empregados atuais e adição de novas vagas, chegando a 8.600 empregos gerados pelo empreendimento, sendo 2.400 diretos e 6.200 indiretos. “Estamos falando de um dos maiores investimentos da Anglo American no mundo e um dos maiores recebidos por Minas Gerais”, ressalta.
Para se ter uma ideia da importância do sistema para os negócios da mineradora, a produção da Anglo American no sistema Minas-Rio foi de 6,1 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre deste ano, alavancando a produção global do produto no grupo em 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Anglo American é uma empresa líder global em mineração. O portfólio de operações competitivas de classe mundial, que inclui uma ampla gama de opções de desenvolvimento futuro, fornece metais e minerais para um mundo mais sustentável, atendendo ao rápido crescimento das demandas diárias de bilhões de consumidores.
Na sede da empresa, em Londres, o governador Romeu Zema (Novo) foi recebido pelo CEO Global da companhia, Mark Cutifani. Na ocasião, a empresa também apresentou seu Plano de Mineração Sustentável, que guia ações em três pilares de sustentabilidade global – Ambiente, Social e Governança.
“Este plano está na base de tudo o que fazemos e faz parte do nosso propósito de repaginar a mineração em vistas de melhorar a vida das pessoas. Para isso, seguimos os três pilares ESG, que chamamos, pela ordem das siglas: meio ambiente saudável, comunidades prósperas e líderes corporativos de confiança”, explica o diretor de Assuntos Corporativos.
Em Minas Gerais, o Plano de Mineração Sustentável inclui investimentos em conservação de áreas verdes, parcerias para melhorias nos sistemas de educação e saúde, medidas de eficiência energética e geração de energia solar, entre diversas outras ações.
Também foi apresentado o Relatório de Mudanças Climáticas 2021 da empresa, que contém o progresso da mineradora em direção à sua meta de operações neutras em carbono.
A empresa mostrou, ainda, o trabalho desenvolvido para recuperar 23 nascentes degradadas das bacias do rio Santo Antônio, que nasce no município de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, e cerca de 8 mil metros lineares de áreas de preservação permanente da região. A iniciativa conta com investimento de R$ 2 milhões.
“Minas Gerais foi o primeiro estado a aderir ao Race to Zero. Sabemos que em poucos anos o mundo só vai comprar produtos verdes. Não adianta ter uma bela mina, se você está degradando o meio-ambiente. É provável que você terá dificuldades em colocar esse produto no mercado. O mesmo vale com o aço, com o café, com as commodities, com o automóvel. Então já estamos fazendo um trabalho para que Minas Gerais venha ser um estado que produz de forma sustentável. Isso que vai abrir mercados e vai nos dar tranquilidade em relação ao futuro”, afirmou o governador.
O novo investimento se soma aos mais de R$ 147 bilhões já assinados pela atual gestão com empresas que atuam ou atuarão no Estado, cumprindo a meta do governo Zema em atrair oportunidades e gerar empregos. Somente em 2021 já são R$ 58,2 bilhões em volume de investimentos, superando o recorde anual de R$ 57 bilhões alcançado em 2019.
São Paulo – Os contratos futuros de coque na China caíram ontem, atingidos por relato de mau tempo nas províncias e cidades do norte, o que atrapalhou o transporte de insumos siderúrgicos, enquanto o minério de ferro também ficou sob pressão devido a preocupações com a queda dos preços do aço.
O contrato de coque mais ativo de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian, na China, fechou em queda de 1,8%, a 3.012,50 iuanes (US$ 470,85) a tonelada.
Citando um comunicado do Ministério de Transportes da China, analistas da Sinosteel Futures disseram que algumas estradas tiveram que ser fechadas para veículos em meio à forte neve na parte norte do país.
A agência meteorológica da China emitiu no domingo o primeiro alerta laranja de tempestade de neve, o segundo nível mais alto, enquanto alarmes de ondas de frio em todo o país alimentaram preocupações sobre interrupções no tráfego.
“O ritmo de transporte de coque para os compradores pode desacelerar novamente, o que aumentará a pressão de estoque sobre as empresas de coque”, disseram analistas da Sinosteel em nota.
O carvão metalúrgico em Dalian caiu 2,6%.
O minério de ferro de Dalian mais negociado para entrega em janeiro caiu 1%, para 561 iuanes por tonelada, sendo negociado perto de uma mínima de 12 meses, enquanto o contrato de dezembro mais ativo na Bolsa de Cingapura caía 1,7%, para US$ 90,55 a tonelada, no início da manhã.
Uma queda recorde na produção de aço chinesa este ano, à medida que a maior produtora de aço do mundo busca reduzir as emissões de carbono, levou a uma correção significativa nos preços do minério de ferro.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai também fechou em queda, 0,7%, enquanto a bobina laminada a quente caiu 1,1%. O aço inoxidável caiu 1,9%. (Reuters)
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