Se antes retirar o forro do teto e descobrir uma viga cruzando a área social renderia uma verdadeira dor de cabeça, hoje, o elemento estrutural ganha cada vez mais destaque nos projetos. Feitas de concreto, madeira ou aço, quando expostas, elas podem ser um elemento atual, interessante e decorativo. Confira a seguir 10 projetos para se inspirar!
LIVING | Sofá branco e mesa de centro espelhada Effe, da Brentwood. Almofadas da Codex Home. À dir., poltrona Cité, do designer Jean Prouvé para Vitra, à venda na MiCasa. Ao fundo, busto Pompeia da In.Casa (Foto: Alain Brugier/Divulgação)
Construído há mais de 40 anos, este apartamento de 200 m² ganhou cara de novo com a reforma do arquiteto Diego Revollo. Na hora de integrar os espaços, o arquiteto retirou o forro do teto e descobriu vigas cheias de bossa. O passo seguinte foi deixá-las à mostra revestidas com cimento queimado. “É um dos maiores atrativos da área social”, garante.
2. Do clássico ao industrial
Bar | O móvel em L desenhado por Sara foi executado pelo Ateliê Industrial. A parede foi pintada com tinta lousa. Hall | A pedido da moradora, o artista criou uma gueixa em tons quentes, entre eles, o vermelho – cor preferida dela. (Foto: Edu Castello/Editora Globo)
Na casa da economista Adriana Constantine, o estilo industrial é denunciado já pelas vigas descascadas, que deixam o concreto à mostra desde a entrada. Para combinar, a designer de interiores Sara Oleiro optou por substituir o piso de madeira clássico por granilite. O grafite do artista xguix dá boas-vindas aos amigos de Adriana, que também podem se servir de uma bebida no bar ao lado da porta.
A designer de interiores Maria Marta desce a escada acoplada à estante, projetada pela arquiteta Renata Pati e pelo designer Claudio Correa. Vasos e esculturas da Kimi Nii, da Caroline Harari, da Marché Art de Vie e da Benedixt (Foto: Edu Castello/Casa e Jardim)
Na casa da designer de interiores Maria Marta, as vigas de aço estruturais expostas apoiam a estante com escada acoplada. Estrela do projeto, o móvel foi desenhado pela arquiteta Renata Pati e pelo designer Claudio Correa, e realizada pela Marcenaria Baraúna. As peças decorativas estão na face voltada para o pé-direito triplo. No lado do escritório, os nichos guardam livros e outros materiais.
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Com decoração neutra, o apartamento para aluguel foi pensado para um jovem adulto moderno (Foto: Reprodução/Escanhuela Photo)
Com a Praça da República como jardim, este apartamento de 50 m² no centro de São Paulo foi projetado pelo Superlimão Studio. O imóvel está para alugar e foi pensado para alguém com perfil de jovem adulto, que busca um espaço funcional e prático para o dia a dia. Um dos destaques são as prateleiras apoiadas sob vigas de concreto, que dão uma segunda função à estrutura exposta.
Na viga de aço aparente, que sustenta o mezanino, Rodnei expõe sua coleção de toy art. Na mesa de centro, feita de paletes, estão seus livros e objetos, como o conjunto de velas. Banco da Benedixt (Foto: Evelyn Müller / Editora Globo)
Ao sair da casa dos pais para morar sozinho, Rodnei Atílio Riscali teve muita sorte na busca de seu apartamento. O loft de 100 m² que ele alugou fica no pavimento térreo de um prédio no Morumbi, em São Paulo, e mais parece um sobrado. O estilo industrial, típico de lofts nova-iorquinos, foi reforçado pelos acabamentos em tons de cinza e preto. Como havia pressa para mudar, a irmã e arquiteta Bruna Riscali comandou uma reforma rápida, na qual o máximo foi preservado e transformado com pintura. Para expor a coleção de brinquedos, a sacada foi utilizar a viga de aço aparente que sustenta o mezanino.
A parede que compreende o escritório foi pintada com tinta cinza P154, da Suvinil. Nas prateleiras, cadernos, pastas e agendas, da Portfólio, e caixas Pantone, da Conceito Firma Casa. A parede da porta de entrada recebeu tinta berinjela R054, da Suvinil. No sofá, da Gallery by Formato, almofadas da Regatta Casa e da Marché Art de Vie (Foto: Edu Castello/Casa e Jardim)
Ao comprar o apartamento de 110 m², os médicos Bruno e Tiago sabiam que ele precisaria de uma ampla reforma para ficar do jeito que queriam.O primeiro passo da arquiteta Gabriela Marques foi demolir algumas paredes, trocar o piso e refazer a parte elétrica e hidráulica. O forro de madeira foi retirado, aumentando o pé-direito. A sala, a cozinha e o terceiro quarto foram integrados, formando um grande living com vigas e colunas de concreto aparentes. Para contrastar com os tons de cinza, uma parte da sala foi pintada de berinjela.
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Para contrastar com a parede na cor concreto, o arquiteto Gustavo Calazans descascou os pilares e a viga central e acrescentou prateleiras de imbuia na sala deste apartamento. Repare que a coluna corta o canto da mesa (Foto: Marcelo Magnani/Casa e Jardim)
De cara, o apartamento de 106 m² casava com as exigências de Fernanda. E o que era bom ficou ainda melhor após a intervenção do irmão e arquiteto Gustavo Calazans. Quebrando a parede entre cozinha e sala de jantar, economizou espaço no living para fazer uma sala de TV reversível. Um tatame em versão sofá-cama integra as duas salas. Outra intervenção foi descascar os pilares e a coluna central da sala. “Gosto de dar uma função estética a elementos estruturais. Aqui, ainda aproveitei o posicionamento deles para guiar uma prateleira suspensa por toda a sala. Ela serve para armazenar livros e tem iluminação embutida”, conta.
Os ambientes integrados se comunicam com os demais espaços pela abertura das portas de correr. Ao fundo, o sofá de linho na cor berinjela, da JRJ, e almofadas, da Regatta Casa, o tapete, da Oka Design e a poltrona Parati, de Carlos Motta, estão na sala da adega. Em primeiro plano, sofá Gordiano, da Arquivo Vivo, com camurça, da Donatelli. Almofadas, da By Kamy (Foto: Edu Castello/Casa e Jardim)
Junto ao pomar da fazenda no alto da Serra de Botucatu, interior de São Paulo, o arquiteto Carlos Motta projetou a casa de 550 m², um sonho antigo dos donos. Majoritariamente construída de madeira, o arquiteto escolheu 5 tipos provenientes de manejo sustentável. Os pilares são troncos de aroeira bruta, que resiste à compressão. A itaúba, que suporta as intempéries, está nas vigas e nos fechamentos. O forro é de angelim, e o assoalho, de cumaru. Na marcenaria e nos caixilhos, ele utilizou cedro.
O revestimento cerâmico retangular, da Euroville, e a bancada de Silestone, feita pela Mont Blanc Mármores e Granitos, dão modernidade à cozinha. Todos os armários do apartamento foram executados pela Marcenaria Almudena. Os vasos com angélicas e temperos. Bancos Heidi, da Established & Sons, à venda na Micasa (Foto: Marco Pomarico e Victor Affaro)
O que o empresário André Almada, sócio-fundador da The Week, menos queria ao chegar em casa era se sentir em uma balada. Beges, cinzas e brancos pontuam cortinas, paredes, tapetes. Essa base sóbria é sacudida por peças de design, por obras de novos artistas e objetos bem-humorados. Na ausência de paredes livres na cozinha, foram considerados os cantos superiores para obras menores. No projeto do arquiteto Nelson Kabarite, a viga aparente foi revestida de azulejos e ganhou quadrinhos divertidos.
A marcenaria do apê, de nogueira, foi criada pela arquiteta e executada pela Madeirart. Pufes Max Ponto, da Saccaro D&D. No teto, o pergolado criado para disfarçar a viga da área social (Foto: Sidney Doll/Divulgação)
Na reforma deste apartamento de 157 m², a arquiteta Ana Yoshida encontrou um desafio em uma viga que transpassava toda a área social e não poderia ser retirada. A solução foi criar uma segunda viga falsa ao lado da estrutura principal para apoiar um pergolado, que traz um visual bem marcante para o teto e ainda serve para demarcar a entrada do apê.
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